Blog destinado ao arquivamento de notícias referentes à Aprocim (Assistência Energética Planetária), formando um acervo para pesquisas pessoais e grupais. Cosmograma - técnica de avaliação do Cosmos, segundo os princípios da Conscienciologia, realizada através da leitura, seleção e análise de matérias publicadas na mídia nacional e internacional, objetivando alcançar a cosmovisão do holopensene humano e das realidades do Universo.
segunda-feira, 3 de março de 2025
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
Brasil lidera expedição inédita à Antártida.
O Brasil está à frente da Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica, iniciativa científica pioneira no continente gelado. Liderada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a expedição visa estudar os impactos das mudanças climáticas nas geleiras antárticas.
Os pesquisadores embarcaram na última sexta-feira, 22 de novembro, para percorrer mais de 20 mil quilômetros ao longo da costa do continente gelado, aproximando-se ao máximo das frentes das geleiras. A missão, inédita em escala global, investiga os impactos das mudanças climáticas por meio da coleta de dados biológicos, químicos, físicos e atmosféricos, além de um levantamento inédito aéreo das massas de gelo. O foco será em três grandes áreas: o monitoramento das calotas, a análise do clima e a investigação dos microplásticos.
A iniciativa conta com a participação de 61 cientistas de sete países: Brasil, Argentina, Chile, China, Índia, Peru e Rússia. Do total, 27 são brasileiros, oriundos de sete instituições de ensino superior, sendo seis vinculadas ao MEC: a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV). Completa a lista a Universidade de São Paulo (USP), ligada ao governo estadual paulista.
Os cientistas estarão focados em estudos multidisciplinares que envolvem glaciologia, oceanografia, biologia e climatologia. O objetivo é mapear as mudanças ambientais e compreender como as geleiras e o ecossistema antártico estão respondendo às alterações climáticas.
Jefferson Simões, professor da UFRGS, conduz a equipe global. “Vamos estar fazendo diferentes amostragens, ver até que ponto nós mudamos as características químicas e físicas desse oceano”, comenta Simões. Ele pontua que a expedição só é possível graças à cooperação internacional.
A expedição tem retorno previsto para 25 de janeiro de 2025. A iniciativa representa um marco na ciência polar e evidencia o protagonismo do Brasil em pesquisas antárticas. Com a pesquisa, será possível acompanhar o início de uma jornada que promete ampliar a compreensão global sobre os desafios enfrentados pelo continente gelado e seu papel essencial no equilíbrio climático do planeta.
Cientistas emitem alerta de emergência sobre estado atual da Antártica.
Na sexta-feira (22), os cientistas da Conferência Australiana de Pesquisa na Antártica emitiram um alerta de emergência sobre o estado atual da Antártica. O comunicado foi divulgado durante a primeira edição do evento, que reuniu pesquisadores para discutir o impacto da crise climática na Antártica e no Oceano Antártico — e as consequências disso no futuro do planeta.
Os participantes pediram mais atenção à região, fundamental na regulagem do clima da Terra atualmente e no futuro e que, ainda assim, não é tão contemplada no debate público ou na criação de políticas públicas. "Acreditamos que a ciência sobre a Antártica e o Oceano Antártico deveria ser o ponto de partida para o desenvolvimento de políticas climáticas", afirma o comunicado.
A conferência ressaltou a riqueza das colaborações entre instituições e disciplinas, com a presença de mais de 450 pesquisadores da Austrália, dois terços deles sendo jovens no início de suas carreiras. "Cientistas no início de carreira vão estabelecer mais oportunidades de engajamento com a indústria e o governo, enfatizando que a preservação e o futuro da Antártica dependem do esforço da comunidade", aponta a nota.
Segundo os cientistas, o manto de gelo do leste da Antártica tem água o suficiente para aumentar em até 50 metros os níveis de mares ao redor do planeta caso derreta completamente. Essa região pode ter implicações nas cidades costais da Austrália, logo, prever o quanto essa área vai contribuir para o aumento do nível do mar é essencial para o bem-estar da comunidade global.
Importância da Antártica
As mudanças têm sido enormes: estudos recentes apontam diminuições das geleiras, ondas de calor com 40ºC ou mais, e aumento da instabilidade das plataformas de gelo. Outras consequências como a transformação dos ecossistemas da terra e do mar também foram observados. Não se sabe quais dessas mudanças já não são mais irreversíveis.
"Nossas sociedades devem estabelecer e cumprir metas para diminuir as emissões de carbono o mais rápido possível. Não conseguir reduzir as emissões rapidamente, a cada ano e a cada tonelada, compromete o nível do mar para gerações atuais e futuras."
De acordo com o grupo, essa é a importância de ter uma nova leva de pesquisadores comprometidos em resolver essas crises e identificar novas oportunidades de engajamento com projetos focados no futuro da sociedade. "Toda fração de um grau importa", finalizam.
Âmbar na Antártida revela segredos sobre florestas.
Pela primeira vez, fragmentos de âmbar foram descobertos da Antártida. O objeto permitiu que fossem encontradas informações sobre as antigas e grandes florestas existentes no continente — onde habitavam dinossauros e mamíferos.
O Cretáceo — período da era Mesozoica que corresponde entre 145 e 65 milhões de anos — tornou o mundo um lugar mais quente, por conta da alta presença de dióxido de carbono atmosférico. Durante essa época, a Antártida contava com a presença de grandes florestas. Porém, ainda não se tem muito conhecimento sobre a vegetação e os habitantes do período no local, por conta da dificuldade do acesso aos fósseis, uma vez que os pesquisadores têm que perfurar o fundo do mar na costa da Antártida.
A pesquisa é realizada por uma equipe liderada por Johan Klages, do Instituto Alfred Wegener. O grupo encontrou o âmbar dentro de uma camada de cinco centímetros de espessura de carvão úmido (conhecido como linhito). Âmbar é um resina, resultado de uma matéria viscosa produzidas por árvores, podendo ser de milhões de anos atrás. Encontrada em tons quentes — como amarelo, laranja e marrom —, hoje é normalmente utilizada para a criação de joias e decorações. Por ser uma substância pegajosa, é extremamente comum encontrar pequenas criaturas, penas, plantas e sedimentos dentro dela. Em 2015, foi encontrada uma cauda de dinossauro, com as penas intactas, dentro de um âmbar.
estimativa é de que a resina encontrada tenha entre 92 e 83 milhões de anos e tenha vindo de uma floresta pantanosa, composta principalmente por coníferas. A equipe moeu o linhito para a análise, e os pedaços de âmbar que resistiram são minúsculos — entre 0,5 e 1,0 milímetros de diâmetro —, o que tornam as chances de serem encontradas formas de vida bem preservadas sejam bem escassas. No entanto, foram detectados fragmentos de casca de árvore.
"Os fragmentos de âmbar analisados permitem insights diretos sobre as condições ambientais que prevaleciam na Antártida Ocidental há 90 milhões de anos", informou Klages em uma declaração. "Nosso objetivo agora é aprender mais sobre o ecossistema da floresta — se queimou, se podemos encontrar vestígios de vida incluídos no âmbar. Esta descoberta permite uma viagem ao passado de outra forma mais direta."
No artigo sobre a descoberta, os autores relatam que a resina pode ser o resultado de um incêndio florestal, tendo sido preservada pela água que cobriu o local e a protegeu da luz ultravioleta.
sábado, 7 de dezembro de 2024
O que é o Sol da meia-noite? Antártida só verá a noite de novo no ano que vem.
Fenômeno ocorre anualmente no Polo Norte e no Polo Sul de nosso planeta.
O Sol já se pôs pela última vez neste ano na Antártida, no Polo Sul, e até março do ano que vem o continente deve ficar iluminado pelos raios solares 24 horas por dia, causando o fenômeno que chamamos de “Sol da meia-noite“.
Enquanto isso, no Ártico, localizado no Polo Norte, é o escuro que predominará a qualquer momento do dia, já que o Sol não consegue subir acima do horizonte durante a “noite polar“.
O que causa o Sol da meia-noite?
O motivo pelo qual as estações do ano são diferentes no Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul é porque a Terra gira em torno do Sol com uma inclinação de 23,5°, o que faz com que um dos hemisférios fique mais próximo do Sol durante metade do ano e o outro durante a outra metade.
Também é isso que faz com que os dias sejam mais longos durante o verão e mais curtos durante o inverno. Nos polos do nosso planeta, no entanto, essa situação é levada ao extremo, fazendo com que o Sol deixe de se pôr durante metade do ano e deixe de nascer durante outra.
O Sol da meia-noite não quer dizer que o astro fique imóvel no céu, o Sol ainda pode ficar mais alto ou mais baixo no céu, e até mesmo em um estado de crepúsculo prolongado próximo ao horizonte, ele apenas não se põe.
Onde o fenômeno ocorre?
Entre outubro e março, o Sol da meia-noite ocorre em todos os territórios localizados abaixo do Círculo Polar Antártico. Entre abril e setembro, em todos os territórios localizados acima do Círculo Polar Ártico.
A duração do fenômeno depende da latitude exata onde se está localizado, quanto mais próximo aos polos, mais tempo de duração.
Embora não existam habitantes permanentes na Antártida, apenas pesquisadores e cientistas que se estabelecem lá de maneira provisória, os moradores de países do Ártico – como a Finlândia, Noruega, Suécia, Canadá e Groenlândia – são obrigados a se acostumar com os dias e as noites sem fim no auge do verão e inverno.
Estudo revela existência de microplásticos ainda menores na Antártida.
https://news.un.org/pt/story/2024/10/1838911
Ação contou com o apoio de autoridades argentinas e de especialistas a bordo do navio quebra-gelo “Irizar”.
A Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea, anunciou o fim de uma operação que mostra provas de poluição por microplásticos em lagos, nos litorais e no oceano na Antártida.
A agência que essas descobertas preliminares ilustram como a poluição plástica atingiu todos os cantos da Terra e como os microplásticos ameaçam a saúde do oceano global.
Entre os microplásticos encontrados nas amostras estão o politetrafluoroetileno, cloreto de polivinila, polipropileno e tereftalato de polietileno.
A análise e os resultados serão publicados e compartilhados com o Comitê Científico para Pesquisa Antártica, um órgão interdisciplinar do Conselho Internacional de Ciências que fornece consultoria científica ao Tratado Antártico.
O objetivo era gerar informações sobre os níveis de poluição plástica e suas fontes.
Para agência da ONU, este meio do monitoramento de microplásticos marinhos é um passo essencial para o avanço na meta mais ampla visando desenvolver uma rede global de acompanhamento da situação marinha.
A equipe composta por cientistas da agência da ONU e da Argentina usou os laboratórios de bordo do Irizar para preparar amostras para análise nos Laboratórios de Meio Ambiente Marinho da Aiea em Mônaco.
O conhecimento sobre as tecnologias e os protocolos nucleares que podem ser aplicados no ambiente antártico também foram compartilhados.
A iniciativa Nuclear Tecnology for Controle of Plastic Pollution usa ferramentas e tecnologia provenientes da energia nuclear para combater a poluição global por plástico em duas frentes.
A primeira é a aplicação das novas tecnologias para melhorar a reciclagem de plástico. Já a segunda concentra os recursos para monitorar a poluição plástica no oceano que é o destino da maior parte dos resíduos do material.
Monitorar a poluição plástica
A apresentação foi feita em evento paralelo da 68ª Conferência Geral da Aiea em que a Nutec Plastics revelou detalhes sobre o processo de desenvolvimento de protocolos e análise de microplásticos.
O cientista de Pesquisa da Aiea, Marc Metian, disse que embora a partículas tenham sido estudadas há alguns anos, tem se lidado agora com a presença de microplásticos ainda menores do que os analisados nas anteriores.
Como técnicas e protocolos que nunca foram harmonizados para microplásticos do tamanho atual, a testagem, o desenvolvimento desses métodos e sua aplicação pode levará um tempo significativo.
De acordo com o especialista a preparação e a análise podem levar até vinte dias para apenas uma amostra.
Pesquisador da UFRGS vai liderar maior circum-navegação científica da Antártica.
Expedição inédita reúne 61 cientistas de sete países e irá estudar o impacto das mudanças climáticas nas geleiras e ecossistemas costeiros.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
As incríveis imagens do lendário navio naufragado de Shackleton, que afundou em 1915 na Antártida.
Depois de mais de 100 anos escondido nas águas geladas da Antártida, o lendário navio Endurance do explorador Ernest Shackleton, que afundou em 1915, foi revelado em detalhes extraordinários em 3D.
Pela primeira vez, podemos ver a embarcação, que está a 3.000 metros de profundidade no Mar de Weddell, como se a água turva tivesse sido drenada.
A varredura digital, feita a partir de 25 mil imagens em alta resolução, foi realizada quando o navio foi encontrado em 2022.
As imagens foram divulgadas agora como parte de um novo documentário chamado Endurance, que será exibido nos cinemas.
A equipe analisou cuidadosamente as imagens em busca de pequenos detalhes, cada um dos quais conta uma história que liga o passado ao presente.
Antártica está 'ficando verde' em ritmo acelerado, alertam cientistas.
Área coberta por vegetação no continente gelado passou de menos de um quilômetro quadrado em 1986 para quase 12 quilômetros quadrados em 2021. Região, como outras áreas polares, está aquecendo mais rapidamente que a média global.
sexta-feira, 8 de novembro de 2024
Cientistas descobrem catástrofe em potencial abaixo da “Geleira do Juízo Final”
Cientistas analisaram a Geleira do Juízo Final e o que eles encontraram significa um desastre em potencial para o planeta.
Cientistas usando navios quebra-gelo e robôs submarinos descobriram que a geleira Thwaites, na Antártica, está derretendo a uma taxa acelerada e pode estar em um caminho irreversível de colapso. O aumento na velocidade indica uma catástrofe que aconteceria com o aumento do nível do mar no mundo.
Desde 2018, uma equipe de cientistas que forma a “Colaboração Internacional da Geleira Thwaites” tem estudado de perto essa geleira — frequentemente apelidada de “Geleira do Juízo Final” — para entender melhor como e quando ela pode entrar em colapso.
Suas descobertas, apresentadas em uma coleção de estudos, oferecem a imagem mais clara até agora dessa geleira complexa e em constante mudança. O cenário é “sombrio”, segundo informaram cientistas em um relatório publicado na última quinta-feira (19), revelando as principais conclusões de seus seis anos de pesquisa.
Eles descobriram que a perda rápida de gelo está prestes a acelerar neste século. O recuo da Thwaites acelerou consideravelmente nos últimos 30 anos, conforme explicou Rob Larter, geofísico marinho do British Antarctic Survey e parte da equipe ITGC. “Nossas descobertas indicam que ela está prestes a recuar ainda mais e mais rápido”, afirmou.
Os cientistas projetam que a geleira Thwaites e a camada de gelo da Antártica podem colapsar dentro de 200 anos, o que teria consequências devastadoras.
A Thwaites contém água suficiente para aumentar o nível do mar em mais de 60 centímetros. Mas, como ela também atua como uma rolha, segurando a vasta camada de gelo da Antártica, seu colapso poderia, em última instância, levar a um aumento de cerca de 3 metros no nível do mar, devastando comunidades costeiras de Miami e Londres até Bangladesh e as ilhas do Pacífico.
Os cientistas há muito sabem que a Thwaites, do tamanho da Flórida, era vulnerável em parte por causa de sua geografia. A terra em que ela se encontra inclina-se para baixo, o que significa que, à medida que ela derrete, mais gelo é exposto à água do oceano, que é relativamente quente.
No entanto, anteriormente, pouco se sabia sobre os mecanismos por trás de seu recuo. “A Antártica continua sendo a maior incógnita para entender e prever o aumento futuro do nível do mar”, relataram os cientistas da ITGC no comunicado.
Nos últimos seis anos, a variedade de experimentos dos cientistas buscou trazer mais clareza.
Eles enviaram um robô em forma de torpedo chamado Icefin até a linha de base da Thwaites, o ponto em que o gelo se eleva do fundo do mar e começa a flutuar, um ponto crítico de vulnerabilidade.
A primeira filmagem do Icefin nadando até a linha de base foi emocionante, disse Kiya Riverman, glaciologista da Universidade de Portland. “Para os glaciologistas, acho que isso teve o impacto emocional que talvez o pouso na lua teve para o resto da sociedade”, ela disse em uma conferência de imprensa.
“Foi um grande acontecimento. Estávamos vendo esse lugar pela primeira vez.”
Através das imagens enviadas pelo Icefin, eles descobriram que a geleira está derretendo de maneiras inesperadas, com a água quente do oceano conseguindo se infiltrar por fendas profundas e formações em “escada” no gelo.
Outro estudo usou dados de satélite e GPS para analisar os impactos das marés e descobriu que a água do mar conseguiu penetrar mais de 9 quilômetros abaixo da Thwaites, empurrando água quente sob o gelo e causando derretimento rápido.
Mais cientistas investigaram a história da Thwaites. Uma equipe, incluindo Julia Wellner, professora da Universidade de Houston, analisou núcleos de sedimentos marinhos para reconstruir o passado da geleira e descobriu que ela começou a recuar rapidamente na década de 1940, provavelmente desencadeada por um evento de El Niño muito forte — uma flutuação climática natural que tende a ter um impacto de aquecimento.
Esses resultados “nos ensinam amplamente sobre o comportamento do gelo, acrescentando mais detalhes do que apenas observar o gelo moderno”, disse Wellner à CNN.
Em meio ao cenário sombrio, também houve algumas boas notícias sobre um processo que os cientistas temem que possa causar derretimento rápido.
Há uma preocupação de que, se as plataformas de gelo da Thwaites colapsarem, isso deixaria expostos penhascos de gelo altos no oceano. Esses penhascos altos poderiam facilmente se tornar instáveis e desabar no oceano, expondo penhascos ainda mais altos atrás deles, com o processo se repetindo indefinidamente.
No entanto, a modelagem por computador mostrou que, embora esse fenômeno seja real, as chances de isso acontecer são menores do que se temia anteriormente.
Isso não significa que a Thwaites está segura.
Os cientistas preveem que toda a Thwaites e a camada de gelo da Antártica atrás dela podem desaparecer no século 23. Mesmo que os humanos parem de queimar combustíveis fósseis rapidamente — o que não está acontecendo — pode ser tarde demais para salvá-la.
Embora esta fase do projeto ITGC esteja chegando ao fim, os cientistas dizem que ainda é necessário muito mais pesquisa para entender essa geleira complexa e determinar se seu recuo é agora irreversível.
“Embora tenha havido progresso, ainda temos grande incerteza sobre o futuro”, disse Eric Rignot, glaciologista da Universidade da Califórnia, Irvine, e parte da ITGC. “Continuo muito preocupado de que esse setor da Antártica já esteja em estado de colapso.”
Risco de colapso: estudo faz previsão alarmante para a Antártida.
https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2024/09/26/colapso-antartida-2300.htm
Projeções são incertas, mas cientistas concordam que é preciso reduzir emissões já.
Estudo de mais de 50 cientistas prevê colapso quase total da Antártida Ocidental até 2300, sem data precisa para o evento.
A perda de gelo acelera após 2100, com afinamento substancial e recuo da linha de aterramento nas bacias ocidentais.
Resultados destacam a urgência em reduzir emissões de carbono.
quarta-feira, 11 de setembro de 2024
Material coletado em expedição à Antártida chega ao Laboratório de Paleobotânica da Univates (Universidade do Vale do Taquari - Lajeado - RS)
Entre o fim de novembro de 2023 e o fim de janeiro de 2024, o professor e pesquisador André Jasper, da Universidade do Vale do Taquari – Univates, integrou uma expedição científica à Antártica com o objetivo de coletar amostras fósseis para o desenvolvimento de pesquisas no Laboratório de Paleobotânica e Evolução de Biomas do Museu de Ciências (LPEB/MCN).
Na última semana, após uma viagem de quase 4 mil quilômetros, as amostras chegaram a Lajeado. O material coletado representa uma oportunidade sem precedentes para o avanço dos estudos sobre as paleofloras de Gondwana e o impacto dos paleoincêndios vegetacionais no período Cretáceo, período compreendido entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás.
A expedição de Jasper à Antártica foi parte do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) e do projeto PALEOANTAR, sediado no Museu Nacional e que tem a Univates como parceira. Ele embarcou na missão OPERANTAR 42 no dia 23 de novembro de 2023, junto a uma equipe de cientistas e pessoal de apoio. O grupo viajou em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), com escalas em Punta Arenas, no Chile, e navegou no navio oceanográfico brasileiro NApOC Ary Rongel (H-44).
A viagem para a Antártica não foi isenta de dificuldades, com o trecho pelo Estreito de Drake, conhecido por suas condições de mar adversas, representando um dos principais desafios. Após passarem pela Estação Antártica Brasileira Comandante Ferraz, Jasper e sua equipe ficaram acampados por 35 dias na Ilha James Ross, onde realizaram a coleta de fósseis em meio a condições climáticas rigorosas do continente mais inóspito da Terra.
Os pontos de coleta foram diversos, com alguns deles localizados a mais de 5 km do acampamento, o que significa que os mais de 200 kg de material coletado e destinado à Univates tiveram que ser transportados em mochilas a longas distâncias a pé.
Além de amostras de fósseis que integrarão a exposição permanente do Museu de Ciências da Univates, foram coletados fragmentos de plantas que viveram naquela região durante o Período Cretáceo. O estudo científico desse material será realizado pela equipe do LPEB/MCN no contexto dos projetos de pesquisa da graduação e do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD). Um dos objetivos dessas análises é avaliar a evolução paleoclimática dos sistemas de altas latitudes do Continente Antártico, o que contribuirá para a compreensão dos ciclos climáticos de longo e curto termo do planeta.
Importância das pesquisas
O trabalho de Jasper na Antártica visa aumentar o conhecimento sobre as paleofloras de Gondwana, o antigo supercontinente que abrangia a maior parte das terras hoje localizadas no hemisfério sul global. Além disso, os fósseis recolhidos permitirão estudar os paleoincêndios vegetacionais do Cretáceo, oferecendo uma visão em detalhes das mudanças ecológicas e climáticas ao longo de milhões de anos.
O professor André Jasper é um dos pioneiros nessa linha de pesquisa no Brasil. Sua trajetória começou há três décadas, quando participou da Operantar 12 como bolsista de Iniciação Científica. Hoje ele lidera as pesquisas da área na Univates como professor, orientador acadêmico e coordenador do LPEB/MCN/Univates, em colaboração com cursos de graduação em Ciências Biológicas, o Museu de Ciências e o Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD).
A chegada do material fóssil ao LPEB da Univates representa um marco para a universidade e seus alunos. As amostras coletadas abrirão novas frentes de pesquisa, permitindo estudos que contribuirão para a formação de futuros cientistas e a promoção da ciência paleontológica no Brasil e no mundo.
Submarino desaparece sob 'Geleira do Juízo Final' na Antártida.
Submarino desapareceu em janeiro deste ano, após descoberta de estruturas estranhas na parte inferior da plataforma de gelo.
O robô subaquático autônomo da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, fez uma descoberta inédita e impressionante antes de desaparecer misteriosamente na Antártida em janeiro de 2024.
Conhecido como Ran, o submarino não tripulado tinha seis metros de comprimento e foi lançado em 2020 com a missão de explorar a "geleira do Juízo Final". Sua missão foi interrompida após revelar uma série de estruturas desconhecidas sob o gelo da Antártida, quando o sinal do submarino foi perdido.
Ran obteve mapas de alta resolução da parte inferior da plataforma de gelo, revelando informações cruciais para o estudo da elevação do nível do mar causada pelas mudanças climáticas. Embora tenha fornecido dados valiosos, a missão não alcançou todos os objetivos planejados. Wåhlin expressou a esperança de retornar com outro submarino para concluir o estudo.
Uma das descobertas mais impressionantes, segundo a fonte, foi a paisagem subglacial complexa, com picos, vales e formações semelhantes a dunas de areia, causadas, muito provavelmente, por fluxos de água influenciados pela rotação da Terra. Essas descobertas ressaltam a importância das plataformas de gelo para a estabilidade dos glaciares e a potencial aceleração da elevação do nível do mar caso essas estruturas colapsem.
Morte adiada: a armadilha que “prendeu” o maior iceberg do mundo na Antártida.
O A23a, considerado o maior iceberg do mundo, está há meses “girando” no mesmo lugar ao norte da Antártida, desafiando poderosas correntes oceânicas da região.
Um fenômeno curioso está desafiando os cientistas na Antártida, mais especificamente ao norte do continente gelado. O iceberg A23a, com uma área que supera a da cidade de São Paulo, deveria estar seguindo a poderosa Corrente Circumpolar Antártica e navegando para seu fim em águas mais quentes. No entanto, há meses, ele segue paralisado em um ponto ao norte das Ilhas de Órcades do Sul, girando em sentido anti-horário.
A BBC descreveu a história do A23a, que é curiosa por si só. O iceberg se formou em 1986, ao se desprender da costa antártica, mas ficou quase imediatamente preso na lama do fundo do Mar de Weddell. Três décadas depois, ele voltou a flutuar em direção às águas quentes do norte. No entanto, em abril passado, o bloco gigante de gelo se estagnou. Dessa vez, não foi a lama que o prendeu, mas sim um fenômeno curioso – a Coluna de Taylor.
Como O Globo explicou, o fenômeno foi identificado nos anos 1920 pelo físico Geoffrey Ingram Taylor, no qual uma corrente encontra uma obstrução no fundo do mar e pode, sob determinadas circunstâncias, se separar em dois fluxos distintos, gerando uma massa de água giratória de profundidade total entre eles.
“As Colunas de Taylor também podem se formar no ar. Você as vê no movimento das nuvens acima das montanhas. Elas podem ter apenas alguns centímetros de diâmetro em um tanque de laboratório experimental ou serem absolutamente enormes, como neste caso em que a coluna tem um iceberg gigante no meio dela”, explicou Mike Meredith, do British Antarctic Survey.
No caso do A23a, a obstrução é uma saliência de 100 km de largura no fundo do oceano, conhecida como Pirie Bank. O vórtice fica no topo do banco e, por enquanto, o gigante congelado está preso a ele. E, ao que tudo indica, o iceberg pode seguir nessa situação por algum tempo, retardando assim o seu degelo.
Estadão, Folha e O Globo também repercutiram essa notícia.
ClimaInfo, 12 de agosto de 2024.
MEC orienta escolas sobre a proibição de celulares.
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2025/01/31/proibicao-de-celulares-durante-aulas-e-intervalos-orientacoes-mec.ghtml No dia 13 de jane...
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https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/atualidades/atualidades-vestibular-e-enem-janeiro-de-2025.htm A atriz Fernanda Torreu venceu o ...
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https://g1.globo.com/educacao/noticia/2025/01/31/proibicao-de-celulares-durante-aulas-e-intervalos-orientacoes-mec.ghtml No dia 13 de jane...
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https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/12/03/lei-marcial-entenda-o-que-e-medida-e-por-que-foi-decretada-na-coreia-do-sul.ghtml Um decreto...