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Considerado o naufrágio mais valioso do mundo, o galeão espanhol San José foi afundado pelos britânicos na costa da Colômbia há mais de 300 anos carregando ouro, prata e esmeraldas com valor estimado em bilhões de dólares.
Mas anos após ter sido descoberto, ainda não há consenso sobre quem seria o dono desse tesouro e o que deve ser feito com os restos da embarcação.
A Colômbia e a Espanha reivindicam direito sobre o galeão, assim como uma empresa de salvamento dos EUA e grupos indígenas na América do Sul. Houve disputas judiciais na Colômbia e nos EUA, e o caso está agora no Tribunal Permanente de Arbitragem em Haia.
O governo colombiano diz que quer resgatar os restos do navio e colocar em um museu. Caçadores de tesouros apontam para o valor comercial da carga, que pode chegar a US$ 18 bilhões.
Mas os arqueólogos dizem que o naufrágio — assim como outros milhares espalhados pelo mundo — deve ser deixado onde está. Historiadores marítimos lembram que o San José é um cemitério e deve ser respeitado como tal: cerca de 600 pessoas morreram afogadas com o navio.