Após o chanceler brasileiro ter sido expulso da Nicarágua, o governo brasileiro também expulsou a representante nicaraguense do território nacional. A decisão foi tomada no dia 8 de agosto, tendo como base o princípio da reciprocidade na diplomacia brasileira.
Na prática, as expulsões significam o rompimento de relações diplomáticas entre os dois países. O presidente Lula e Daniel Ortega, da Nicarágua, eram aliados políticos que começaram a se distanciar por conta da prisão seguida da expulsão do padre Roland José Alvarez por parte do governo sandinista da Nicarágua.
Mas o estopim que causou a expulsão do diplomata brasileiro foi a sua ausência em um evento em comemoração à Revolução Sandinista que teve o atual presidente como participante. A relação entre os países já vinha se deteriorando; por exemplo, em março de 2023, o Brasil foi um dos países que protestaram no Conselho de Direitos Humanos da ONU contra a decisão do governo de Ortega de retirar a nacionalidade de 300 opositores.