https://news.un.org/pt/story/2024/10/1838776
Os três países sul-americanos foram listados como "pioneiros" por terem demonstrado avanços em ambiente favorável, pesquisa, desenvolvimento, adoção e governança; a análise incluiu 19 países da região.
O Índice Latino-Americano de Inteligência Artificial apontou Chile, Brasil e Uruguai como os mais preparados para o uso da tecnologia, dentre 19 países analisados. O estudo foi lançado no final de setembro pelo Centro Nacional de Inteligência Artificial do Chile, Cenia, e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal.
O Chile obteve o primeiro lugar no ranking, com 73,07 pontos, seguido pelo Brasil, com 69,30 e Uruguai, pontuando 64,98.
Os três países considerados pioneiros não apenas avançaram na implementação de tecnologias baseadas em IA, mas também estão orientando suas estratégias nacionais para a consolidação e expansão dessas tecnologias em todos os setores da economia e sociedade.
Além disso, eles foram considerados como tendo um ambiente favorável que promove a pesquisa, o desenvolvimento e a adoção de tecnologias, fortalecendo a inovação e a aplicação da IA.
O secretário executivo adjunto interino da Cepal disse que "a nova revolução tecnológica, marcada pela inteligência artificial, tem o potencial de se tornar um fator-chave para superar as armadilhas do desenvolvimento nas quais a América Latina e o Caribe estão imersos”.
Para Javier Medina Vásquez, a IA pode impulsionar a inovação e “enfrentar os principais desafios em saúde, educação e meio ambiente”. O representante da Cepal defende que a IA pode otimizar os processos administrativos dos governos, melhorar a tomada de decisões e responder melhor às demandas dos cidadãos.
No entanto, ele alertou que a tecnologia também pode “aprofundar as lacunas socioeconômicas pré-existentes se não agirmos de forma rápida e decisiva”.
Em relação ao desenvolvimento científico em inteligência artificial, o estudo observou um número crescente de publicações multidisciplinares associadas à IA atingindo um total de 80% na região. Cerca de 70% das publicações estão concentradas em 10 disciplinas, lideradas pela medicina clínica.